terça-feira, março 28, 2006

Olhos

E meus olhos mais uma vez
Pairam sobre tua figura
Palavras se enjaulam em bocas
Olhos se rebatem
Ah, teus olhos
Onde estava aquele brilho?
Onde estava a constelação de teu olhar?
A Nebulosa de Colombina
Estará num buraco negro?
Terá sido levada pela chuva?
Estará perdida na lama?
Onde está?

segunda-feira, março 27, 2006

Moi

Je ne dors plus / Não posso mais dormir
Je te desire / Te desejo
Prends moi / Me leve
Je suis a toi / Sou teu
Je veux aller au bout de me fantasmes / Quero ir ao fim de minhas fantasias
Je sais que c'est interdit / Sei que é proibido
Je suis folle / Sou louco
Je m'abandonne / Me abandono
Je suis la et ailleurs / Sou o aqui e o lá
Je n'ai plus rien / Não sou mais nada
Je deviens folle / Fico louco
Je m'abandonne / Me abandono
Tout peut s'oublier / Tudo pode ser esquecido
Je veux tout / Eu quero tudo
Quand tu veux / Quando você quiser
Comme tu veux / Como você quiser
Je ferai un domaine / Criarei um reino
Je t'inventerai l'amour / Inventarei o amor
Je me regarde / Eu me olho
Je me sens / Eu me sinto
Je vois des enfants / Eu vejo crianças
Je suis enfant / Eu sou criança


(Inspirado em alguns textos e criado com meu conhecimento bem básico de francês)

Quem é mais sentimental que eu?

"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir. "

(Los Hermanos - Sentimental)

domingo, março 26, 2006

Não!

Não te metas com esta núvem
Que muito traiçoeira ela é
Não se deve abraçar núvens cinzentas
Vem pra mim?
Não!
Não se vá com ela
Tu não sabes onde ela irá parar
Tu não sabes onde ela irá chover
A enxurrada pode te levar
Fica!
Aqui!
Comigo!
Lhe prometo zelo
Amor, concerto
Lhe prometo eu!
Espera!
Por que não eu?
Então este amor que é maior que eu
È teu!
O que é meu então é teu!
Já vai?
Assim?
Deixe um beijo em meu rosto ao menos
Cruze seu olhar com o meu
Me note!
Psiu!
Não vá ain.....
...

Und ich warte nur auf dich hier

O dia se torna escuro
Os relógios param
Onde está você?
Tua presença esmaece em mim
Te procuro nos pingos da chuva
No fundo de meu copo
Ofereço minh'alma por teu sorriso
E mais ainda para estar num pensamento teu
Peço ao vento que me traga teu cheiro
Peço ao destino que lhe chame aqui
Crio versos para uma coleção
Como migalhas de ti que tento colher
Trovo as canções que ouvimos juntos
Faço meu papel de Pierrot
E espero por você aqui

Granizo

Oh, dó de mim
Busco uma fenda
Uma estrada, uma senda
Que a teu coração me leve
Me carregue
Ao granito dentro de teu seio
Esta rocha que me esmaga
Muralha que me cerca
Feita da mesma pedra
Tal calcário de Ançã
Em que a natureza lhe esculpiu
Como um sonho de Renoir
Que me atrai com sua brandura
E me zurze com sua frieza

sexta-feira, março 24, 2006

Colombina

Eis que do céu descamba
Tal qual sopro divino
Que desperta do torpor
E cessa o sonho de Pierrot
Vi os anéis de seus cabelos
Pendendo sobre a pele exangue
Buscando a candura do colo
E os seios como a flor de lotus
Tinha olhos dardejando feito estrelas
Embaiam me bradando centelhas
Quão dúbio era aquele olhar
Pérfido como os refolhos do mar
Senti, ela cheirava feito lírio
a boca gorjeava poesia
feita de lábios suculentos
Misto de morango e mordida
Heráldica foi tal noite
Feita pra durar pelo fim de meus dias
Eis que me prendo a esta sina
Eis que surge Colombina